Em 2008, após o crash do mercado imobiliário americano enfraquecer toda a economia dos Estados Unidos, surgiu o whitepaper do que hoje conhecemos como Bitcoin.
Foi criado por uma pessoa ou grupo de pessoas usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto, que permanece anônimo até hoje.
Em janeiro do ano seguinte, a rede Bitcoin foi oficialmente lançada quando Satoshi Nakamoto minerou o bloco gênese, o primeiro bloco do blockchain.
Desde 2009 até hoje, o BTC valorizou incontáveis porcentagens. Saiu de um valor próximo a $0,003 para uma máxima de $126.272 em 2025.
Mesmo com todo esse crescimento e valores que superam muitos dos ativos tradicionais do mercado, uma dúvida ainda se sustenta.
Quem é Satoshi Nakamoto, fundador do Bitcoin?
Uma dúvida que movimenta as redes sociais, invade os chats e ocupa espaço na cabeça de todos apaixonados por cripto.
E quanto mais o tempo passa, mais teorias surgem para tentar dar um rosto ao criador da maior tecnologia financeira da história.
Dorian Nakamoto talvez seja o mais citado como possível criador. Sua imagem aparece nos sites nas primeiras pesquisas, muito por causa de uma reportagem da Newsweek que o associou à tecnologia. Seu nome e histórico em engenharia chamaram atenção, mas, como lembram Coinext e El País Brasil, tudo indica que foi apenas uma coincidência que se transformou em uma onda global de especulação.
Outro suspeito recorrente é Nick Szabo, criador do conceito de contratos inteligentes e figura importante no mundo da criptografia. Suas ideias e seu estilo técnico lembram muito o pensamento que deu origem ao Bitcoin, o que alimenta as teorias.
Já o nome de Hal Finney aparece como palpite de alguns dos maiores entendedores de cripto. Ele foi uma das primeiras pessoas a receber Bitcoin diretamente de Satoshi e já tinha uma trajetória sólida na área de criptografia.
Além disso, análises de estilo de escrita mostram semelhanças intrigantes entre Finney e Nakamoto, como apontado por plataformas como Coinext e Bitso. Ainda assim, nada foi comprovado, e o próprio Hal sempre negou ser o criador.
Embora várias peças do quebra-cabeça apontem para pessoas reais, nada nunca foi comprovado.
Também há casos de falsos candidatos tentando se colocar como Satoshi ao longo da história. Muitos já tentaram reivindicar a autoria, e todos falharam quando chegaram ao ponto crucial: comprovar a posse das chaves originais.
Se existe um criador, ele nunca quis fama nem crédito.
Quis silêncio.
Quis desaparecer.
Mas, no fim das contas, a identidade de Satoshi não define o Bitcoin. O que define é o impacto que seu trabalho deixou. Um sistema financeiro independente, aberto, resistente à censura e que continua evoluindo sem precisar de um dono.
Hoje, o Bitcoin já é maior do que qualquer pessoa que possa ter escrito seu primeiro bloco.