Veja o que aconteceu na BlockChain 2024. Um dos principais eventos sobre o mundo das criptomoedas e tecnologias do País e do mundo. ocorrido entre os dias de 24 e 25 julho de 2024.
Decidimos criar um resumão da blockchain 2024, para você ficar atualizado com tudo que aconteceu no Rio de Janeiro.
Roberto Campos Neto fala sobre regulamentação de criptomoedas, tokenização, blockchain, inteligência artificial, Pix e Drex,
Durante a palestra de abertura no Blockchain.Rio, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou o progresso tecnológico e a potencial criação de um ‘trilho universal’ de pagamento. Campos Neto destacou que o Brasil é reconhecido internacionalmente por seu avanço tecnológico em finanças e ressaltou a importância do engajamento das pessoas com novas soluções digitais, afirmando que “essa digitalização trará benefícios para a vida das pessoas”.
Ao analisar o cenário global, Campos Neto explicou que o Banco Central acompanhou o processo mundial de tokenização, descrito por ele como “um trem que já partiu”. Ao perceber a insatisfação com os métodos tradicionais de pagamento, ele se inspirou no universo dos gamers, que demandavam sistemas rápidos, baratos, transparentes e seguros. “Foi assim que começou a nascer o Pix”, revelou ele.
Campos Neto também comentou sobre a capacidade das criptomoedas de extrair valor de ativos através da representação em blockchain, indicando uma migração para uma economia tokenizada que ocorre de forma rápida e significativa.
O uso do Drex, a versão brasileira da moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC), surgiu da necessidade de programabilidade dos pagamentos por meio de contratos inteligentes. “Compreendemos que o Pix deveria se integrar com a moeda digital [Drex], suportando contratos inteligentes”, destacou Campos Neto.
Ele também mencionou a necessidade de internacionalizar as soluções de pagamento do BC, tornando-as transfronteiriças. “Quando entrei no BC, em 2019, questionei sobre a forma mais rápida de transferir um milhão de libras de São Paulo para Londres“, disse ele, criticando a demora do sistema SWIFT.
Embora Campos Neto tenha enfatizado os avanços tecnológicos na conexão entre diferentes DLTs e a criação de um token global, ele ressaltou que a internacionalização das moedas enfrenta desafios de governança devido às diferentes jurisdições dos países. “Se não houver regras homogêneas, não conseguimos realizar pagamentos instantâneos”, explicou.
O presidente do BC acredita no futuro da digitalização de dados, comparando-a a uma poupança individual negociável por tokens. Ele elogiou a adoção do Pix e rebateu críticas sobre fraudes, comparando-as às de cartões e outros métodos de pagamento. Quanto ao Drex, Campos Neto destacou vantagens como eficiência bancária, facilidade de intermediação financeira e potencial de integração com as finanças descentralizadas (DeFi).
Campos Neto também abordou o trilema da privacidade, programabilidade e descentralização, destacando os desafios impostos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na blockchain.
Durante o evento, o aplicativo Chainless foi lançado com a ambição de ser o primeiro banco digital a integrar Pix, criptomoedas e DeFi. Em uma ação de internacionalização do Pix, a fintech PagBrasil anunciou uma parceria com as empresas europeias Wipay e Paybyrd para oferecer pagamentos com Pix a brasileiros na Europa.
Ingressos Tokenizados: Funcionamento e Combate a Fraudes e Pirataria no Setor
Um evento no Rio de Janeiro está explorando o uso de ingressos tokenizados, desenvolvidos pela Sympla com a tecnologia da Lumx, uma startup especializada em blockchain. O Blockchain Rio, que reúne empresas, especialistas e entusiastas da Web3, também conhecida como a “nova fase da internet”, está em seu segundo dia nesta quinta-feira, 25. Para acessar as palestras e estandes no Expo Mag, na capital carioca, os visitantes precisam de um ingresso tokenizado em blockchain, oferecido pela Sympla.
A Sympla, uma das maiores plataformas de ingressos da América Latina, com mais de 15 milhões de ingressos emitidos por ano, decidiu adotar a tecnologia blockchain em parceria com a Lumx, uma startup investida pelo banco BTG Pactual, para oferecer ingressos tokenizados. Segundo as empresas, essa tecnologia oferece vantagens no combate a fraudes e pirataria no setor.
“A falsificação de ingressos e a exploração do mercado secundário têm sido obstáculos significativos, impactando negativamente eventos, organizadores e participantes. Com o avanço das tecnologias digitais, a busca por soluções inovadoras que garantam a autenticidade dos ingressos e melhorem a experiência de compra se tornou obrigatória”, afirma um estudo de caso da Lumx.
“Nesse contexto, a Sympla encontrou na Lumx, uma startup especializada em infraestrutura de blockchain, o parceiro ideal para enfrentar esses desafios. Juntas, as empresas lançaram um projeto inovador de tokenização de ingressos, também apoiado pela Polygon Labs, líder global em soluções escaláveis de blockchain”, acrescenta o documento.
Como funciona um ingresso tokenizado?
“Hoje, os ingressos do Blockchain Rio estão sendo tokenizados pela Sympla, que decidiu inovar utilizando a tecnologia da Lumx para construir uma camada de segurança para o usuário final”, explicou Amanda Marques, CMO da Lumx, em entrevista à EXAME durante o evento.
“No caso do Blockchain Rio, você acessa seu ingresso da mesma forma que qualquer outro ingresso, sem barreiras de usabilidade. Ele está na sua carteira da Sympla, mas possui uma tag de token. Nossa ideia é permitir que as pessoas possam transferir e vender seus ingressos em uma plataforma única no futuro. Atualmente, quando vendemos um ingresso, ficamos expostos, divulgando de forma informal nas redes sociais, sem um mecanismo de consenso sobre pagamento e transferência. Isso é feito na confiança”, acrescentou.
“O objetivo da Sympla é criar uma camada de segurança dentro do aplicativo existente, para que todos os ingressos sejam tokenizados, permitindo revenda e transferência sem precisar confiar na outra pessoa. A tecnologia garante que você vai vender e receber o dinheiro ou comprar e receber o ingresso oficial, sem falsificações”, concluiu Amanda.
Charles Hoskinson, Criador da Cardano, Apoia Moedas Digitais Governamentais com Críticas ao Modelo Drex: “Nem por US$ 1 Bilhão”
Na quinta-feira, 25, Charles Hoskinson, criador da Cardano e cofundador da Ethereum, participou do Blockchain Rio. Durante o evento, ele comentou sobre o Drex, nova moeda digital brasileira, e criticou as CBDCs em redes permissionadas, como a Drex, por potenciais riscos à privacidade e à economia.
Hoskinson destacou que as CBDCs podem ser benéficas se projetadas para proteger direitos humanos, mas alertou contra o uso indevido por governos, citando o exemplo da China. Ele defende CBDCs em blockchains abertas para garantir transparência e segurança.
Campos Neto Explica Inspiração dos Gamers no Desenvolvimento do Pix e Drex
Na semana passada, a UERJ e a Blockchain Rio Produções assinaram um contrato para um curso de capacitação envolvendo professores, alunos e o corpo social da universidade. Com investimento de R$ 2 milhões, o curso busca aprimorar o conhecimento em tecnologia e inovação, com apoio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro. O evento Blockchain Rio Festival, organizado pela Blockchain Rio Produções, está acontecendo no espaço EXPOMAG, conectando participantes ao ecossistema tecnológico e de negócios.
Binance Destaca sua Contribuição na Regulamentação de Criptomoedas no Brasil
Durante o painel “Criptomoedas: 15 anos do Bitcoin, e a jornada para 1 bilhão de usuários” no Blockchain.Rio, o vice-presidente da Binance na América Latina, Guilherme Nazar, destacou a contribuição da Binance na consulta pública do Banco Central sobre a regulamentação das criptomoedas no Brasil. Nazar enfatizou a importância da regulação para aumentar a confiança pública, à medida que o mercado de criptomoedas atinge os primeiros adeptos.
Ele afirmou que a Binance está comprometida com a segurança e transparência para os usuários, valores fundamentais para a empresa. A Binance participou ativamente da consulta pública do BC, oferecendo sua experiência de operação em 18 mercados regulamentados.
O evento também abordou a parceria entre a Sympla e a Lumx para implementar um sistema de check-in via blockchain, e a adoção de NFTs para ingressos. A Sympla visa criar um ecossistema de revenda de ingressos confiável e transparente.
Além disso, a Ribus apresentou o WineSkin, uma atualização de protocolo que permite a posse de tokens representando ativos físicos. Esses tokens podem ser negociados no mercado secundário ou convertidos em ativos físicos.
Essas iniciativas destacam o crescente uso da tecnologia blockchain para melhorar a segurança e a eficiência em vários setores no Brasil.
Blockchain Chiliz Ganha Jogo NFT Promovido por Lugano, Ex-São Paulo
A Olecoin lançou o jogo “Olefoot” na blockchain Chiliz, inspirado em jogos de sucesso “tap-to-earn” como “Notcoin” e “Hamster Kombat”. Disponível no Telegram e como aplicativo, o jogo permite aos usuários ganhar moedas tocando na tela. O ex-jogador Diego Lugano é embaixador e sócio do projeto, atraído pelo potencial dos criptoativos.
“Olefoot” visa aumentar o engajamento dos torcedores e gerar receita para atletas através de NFTs. André Figer, cofundador, espera atingir 25 mil usuários até o final do ano. A simplicidade da versão no Telegram facilita a captação de novos usuários, que podem usar tokens para comprar itens no jogo.
Apesar dos desafios no mercado de jogos NFT após o sucesso de “Axie Infinity” em 2021, os sócios acreditam na continuidade do crescimento dos games mobile. A escolha da blockchain Chiliz foi devido à sua especialização em fan tokens esportivos e a sinergia com o mercado esportivo.
Bruno Pessoa, gerente regional da Chiliz no Brasil, destacou que “Olefoot” exemplifica o potencial da Chiliz como uma blockchain aberta, permitindo que desenvolvedores criem novas ferramentas e ampliem a interação com a comunidade.
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Autor do post: BERIGHES